Vamos começar esclarecendo o que é a tal Indústria 4.0. Este termo e ideia surgiram na Alemanha como projeto estratégico de alta tecnologia para desenvolver ainda mais as indústrias do país. A primeira vez que foi apresentada ao mundo, foi na Feira de Hannover, em 2011.
Falar em indústrias 4.0 significa dizer que as fábricas funcionarão de maneira muito mais independente e inteligente. As máquinas se comunicarão umas com as outras, o chamado M2M (machine to machine) e decidirão conforme informações de demanda, utilizando de big data. É a informatização da manufatura e considerada a quarta revolução industrial, por isso o termo 4.0.
As três revoluções industriais
Há um consenso entre historiadores que já houve três revoluções industriais. A primeira entre 1760 e 1840, e representou a tecnologia das máquinas a vapor e linhas férreas. A segunda, no final do século 19 e início do século 20, e teve como principais inovações a eletricidade, a linha de montagem e a propagação da produção em massa.
A terceira revolução industrial, que teve início na década de 1960, representou o desenvolvimento de semicondutores, mainframes (computadores de grande porte para processamento de um imenso volume de dados), computadores pessoais e, mais tarde, nos anos 1990, a internet.
Com o desenvolvimento de novas tecnologias da terceira, bem como a inclusão de outras, no começo do século 21, deu-se início à que vivemos, a quarta revolução industrial.
Como funciona a indústria 4.0
A Indústria 4.0 se volta para os sistemas de produção ciber-físicos, onde sensores dizem para as máquinas como elas devem ser processadas; os processos devem se governam num sistema descentralizado, que começam a trabalhar juntos e se comunicam sem fio, tanto diretamente como via ”nuvem” na Internet – a Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT) – tudo para tornar as fábricas inteligentes.
A Cisco, empresa mundial de TI, lançou um Relatório de Tendências com foco em IoT. Este sinaliza grande potencial quando a internet e as redes se interligarem aos armazéns, ao transporte de cargas e a outros dados da cadeia de abastecimento, o que trará consequências revolucionárias, desde a criação de novas opções de entrega ao consumidor final até operações de armazenagem e transporte mais eficientes.
De acordo com a análise econômica da Cisco, a IoT pode gerar um valor de US$ 8 trilhões em todo o mundo em valor movimentado ao longo da próxima década. Este valor será proveniente de: inovação e receitas (US$ 2,1 trilhões); utilização de ativos (US$ 2,1 trilhões); cadeia de abastecimento e logística (US$ 1,9 trilhão).
Internet das coisas e o setor de logística
Ainda conforme este relatório, estima-se que ao longo da próxima década, o setor de logística pode alcançar maior eficiência operacional na medida em que a IoT conecta em tempo real os milhões de embarques rastreados e acondicionados todos os dias. No setor de armazenagem, paletes e itens conectados serão fundamentais para uma gestão de estoque mais inteligente. No transporte de cargas, como o expresso, o monitoramento e o rastreamento de mercadorias tornam-se mais rápido, preciso e seguro. Para os clientes, isso significa que as empresas podem fornecer um serviço de entrega ainda mais ágil e confiável.
Você pode estar se perguntando: mas onde entra a logística nesse processo? Em absolutamente tudo. Apesar de os processos mudarem, as necessidades das pessoas continuarão as mesmas: receber produtos mais rapidamente, sem erros, defeitos ou avarias. Isso quer dizer que a estrutura logística precisará estar fortemente ligada com a indústria, para dar conta, por exemplo, em caso de um “boom” de demanda.
A Logística 4.0
Atualmente, os esforços de pesquisa e desenvolvimento vão em direção a outros tipos de sistemas mais avançados. A visão de que os processos de logística irão transformar a indústria que conhecemos traz novos aspectos sobre eles. Os conceitos da logística 4.0 podem ajudar os profissionais a reduzir a perda de ativos, garantir o controle de temperatura de produtos específicos, gerenciar estoque do armazém.
Além de trazer uma nova gama de possibilidades, a internet das coisas também pode gerar benefícios que desenvolvam os processos da cadeia de abastecimento existente, que envolvam a utilização de ativos, a melhor utilização de espaço nos armazéns ou planejamento da produção.
Conclusão
Não podemos afirmar o que vai acontecer no futuro, mas uma coisa é certa: precisamos nos preparar para ele. Mesmo hoje, uma empresa que não investe em tecnologia fica para trás em rentabilidade e na qualidade do serviço prestado.
No futuro breve, se conectar com dispositivos tecnológicos será fundamental para simplesmente estar no mercado. É por isso que a CCA vem oferecendo soluções em transporte expresso com maior agilidade e segurança, utilizando de tecnologia para aprimorar suas entregas (rastreamento online; posicionamento por via e-mail; ferramentas online – como histórico dos transportes realizados; rastreamento pró-ativo – onde qualquer alteração de prazo é informada por telefone ou e-mail).
O perfil do profissional para trabalhar com todos os equipamentos e máquinas dessa nova indústria deve ser diferente. Ele precisará atuar como articulador e capaz de pensar sobre os dados fornecidos, do que simplesmente “apertar botões”. Ficar de olho e estar antenado às tendências trazidas pela Indústria 4.0 não é essencial somente para gestores, mas também para todos os profissionais da área logística.
A indústria 4.0 deverá mudar completamente a relação das pessoas com o consumo. Muitas coisas ainda não podem ser previstas, mas outras já estão em testes e devem virar realidade em breve e é possível e imprescindível se preparar para encará-las.
CCA Team