Toda empresa tem compradores e todos sabem de sua principal função. Porém nos últimos anos um novo termo foi associado ao setor de compras: a palavra procurement. Antes de mais nada, uma pergunta: você conhece as estratégias de sua empresa? Mais ou menos? E o que isso tem a ver com compras? Tudo! Pois não tem como existir procurement sem antes saber os rumos de uma empresa.
Definição: procurement
A origem da palavra vem do latim procurare e representa um processo. Seguindo as diretrizes da empresa, o procurement administra toda a cadeia logística desde a qualificação do fornecedor até o pós-compra. Busca a sincronização entre requisitantes e fornecedores. Seu trabalho inclui tarefas táticas como contratos, expedição, avaliação de fornecedores, compras, transporte e feedback dos requisitantes. Portanto, compras é apenas uma parte do processo de procurement. Podemos resumir nessa equação:
Compras + Estratégia = Procurement
Procurement – Estratégia = Compras
Para executar um trabalho amplo como esse, o procurement utiliza várias ferramentas e indicadores como curva ABC de compras, sistema de avaliação de performance (tanto para suas compras como para os fornecedores), pesquisa de mercado, suporte jurídico para contratos, planejamento de aquisições etc.
Consegue-se, com uma visão estratégica, separar e avaliar os diferentes tipos de aquisições:
Compra direta – insumos para produção da atividade principal da empresa. Inclui toda a área de manutenção e peças sobressalentes que interferem de forma direta nas operações principais.
Compra indireta – insumos de suporte como materiais de escritório, serviços de viagens, computadores, limpeza e consumíveis em geral.
Vale lembrar que as organizações adotam formatos variados para o setor de compras e as atribuições do profissional mudam de acordo com a realidade de cada caso. Algumas, por exemplo, dividem funções entre processos logísticos e administrativos.
Administrar processos
As atividades que o profissional de procurement executa requerem habilidades de um administrador. A proatividade é uma atitude mestra que servirá para identificar pontos a serem melhorados em situações comuns, como especificações erradas numa requisição, até negociações complexas de contratos com fornecedores. Ele deve desenvolver uma relação “ganha-ganha” com parceiros para que uma sólida cadeia de abastecimento seja construída.
Ter um processo de procurement desenvolvido é uma decisão, primeiramente da empresa, mas ao profissional cabe compreender que essa escolha é uma evolução constante de sua carreira. Ele precisará se atualizar em conhecimentos de logística, gestão da informação e aprender a medir o impacto das aquisições nas finanças da organização.
Logística
Como administrador dos processos logísticos de entrega e recebimento, é preciso dar especial atenção ao transporte. Clientes internos e externos precisam ser atendidos nos tempos requisitados e o transporte é o termômetro para que isso ocorra – o chamado lead time.
Procurar soluções para diminuir o lead time, quando necessário, e considerar diferentes modais de transporte, faz parte das atribuições do procurement.
Uma comunicação aberta com seu fornecedor fará com que conheça seus processos internos e assim, saber como é o grau de controle de suas operações. Essa informação servirá para a escolha daquele que mais se encaixa às suas necessidades.
Além de questionar a síndrome do “sempre foi assim”, rever as estratégias pode trazer à luz caminhos novos que impactam em toda a empresa.
A evolução na relação entre compradores e fornecedores traz benefícios para as duas partes. E como todo profissional de procurement sabe, tudo começa com uma boa conversa.
CCA Team
Parabéns, eu li todo conteúdo, e gostei muito.
Abraços
Obrigado Gilberto
Otima explicação.
pode passar alguns cursos de pos graduação para a area? No caso Procurement.
Bem esclarecido, gostei bastante.
Agradecemos seu comentário.